segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

6 armadilhas que podem detonar sua dissertação/tese




A vida de um acadêmico passa necessariamente pelas publicações. Cada novo título perseguido por um acadêmico exige a produção de um trabalho ao final do curso: TCC na graduação, dissertação no mestrado, tese no doutorado e artigos publicados em revistas nacionais e estrangeiras . Para crescer na carreira, os artigos são imprescindíveis. Eles determinam cargos e salários dentro da universidade.

Até aqui, nenhuma novidade.

O que acontece, no entanto, é que no Brasil as produções acadêmicas primam pela má qualidade. Às vezes o tema da pesquisa é excelente, inédito, bem pesquisado, enfim... o conteúdo pode valer a pena (embora nem sempre). Mas o grande pecado cometido está na forma. É incrível como as pessoas têm dificuldade de botar no papel todas as suas ideias, as bases teóricas de seu trabalho, os métodos de pesquisa utilizados, os resultados finais.
Para se produzir um trabalho de qualidade, que saia do lugar-comum, é preciso atentar para não cair em algumas armadilhas.

1. Conteúdo insignificante
Quem escreve um trabalho deve ter efetivamente algo a contribuir. Sem enrolação. O meio acadêmico é, por excelência, um espaço de pessoas que pensam. Pesquisas banais não enganam ninguém e, em vez de destacar o profissional, acabam com sua imagem. A escolha de um bom orientador é fundamental. É ele quem vai auxiliar o acadêmico a conduzir suas pesquisas.

2. Formatação fora do padrão
Cada universidade ou revista tem suas normas para publicação de trabalhos científicos. E essas normas costumam ser minuciosas. Portanto, nada de preguiça. Leia-as e siga suas orientações detalhadamente. Há regras específicas para a inserção de citações, referências bibliográficas, notas de rodapé, margens, fonte e corpo… São Muitos detalhes.

3. Redação empolada e cheia de erros
Aqui encontramos uma enorme barreira. Escrever não é fácil. É preciso dominar regras gramaticais e ortográficas. Desde 2009 já está em vigor o Novo Acordo Ortográfico.  Embora ainda não seja obrigatório no País, as universidades e editoras já o utilizam há muito. Portanto, é preciso estudá-lo também, para não correr o risco de usar acentuação e hifenização antigas. 

Desenvolva suas ideias seguindo a divisão interna exigida pela universidade/editora e mantenha uma redação simples. Muita gente, tentando escrever de forma “erudita”, acaba produzindo textos empolados, arrogantes e que não transmitem o conteúdo. Textos incompreensíveis ao leitor não revelam erudição, mas soberba. MENOS É MAIS. 

E por último, mas não menos importante: REVISE seu texto antes de entregá-lo.



4. Resumo em língua alienígena
Toda produção científica exige um resumo em português e sua tradução para o inglês e/ou espanhol. Meu amigo, por favor: o Google Tradutor está melhorando a cada dia, mas ainda não dá para jogar um texto lá e copiar a tradução automática no seu trabalho!! Inglês e/ou espanhol macarrônico (totalmente alienígena) DETONA um acadêmico. 

Se você não tiver conhecimento suficiente do idioma, por favor, contrate um BOM tradutor para fazer o trabalho.

5. Citações em excesso
Citações são uma necessidade numa produção científica. Mas o excesso delas dá a impressão de que o autor não tem ideias próprias. Reduza-as ao mínimo necessário, sem se esquecer de mencionar a fonte. Atenção aqui: cuidado para não informar o ano errado da obra.

6. Referências bibliográficas quilométricas
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É muito comum encontrarmos quatro ou cinco páginas de referências bibliográficas.  É comum autores acharem que quanto mais obras ele apresentar, mas erudito vai parecer. ENGANO!!! Nas referências bibliográficas devem constar APENAS as obras citadas no texto. Cada revista ou universidade determina as normas para confecção das referências: ABNT, APA, Vancouver ou outras. Siga o modelo minuciosamente. Não deve haver uma vírgula ou ponto fora de lugar.
Siga esses passos e destaque-se.